ALÉM DO ÚLTIMO MINUTO

     No primeiro duelo entre o Galo e o Gavião Carcará, quem se deu melhor foi o alvinegro. O confronto, válido pela primeira final do Campeonato Mineiro, deu a vantagem do empate para o Atlético no próximo jogo, vitória que só foi garantida no último lance de jogo. O técnico Jorge Sampaoli mais uma vez fez mudanças na equipe, apostando agora em um esquema com 4 atacantes: Keno, Savarino, Marrony e Eduardo Sasha.

    A partida começou com o Atlético dominando as ações do jogo, criando várias chances de gol, bem defendidas pelo goleiro Felipe, aquele mesmo ex Santos e Fluminense. A primeira delas foi na cobrança de falta de Hyoran, pertinho da risca da grande área. Em outra grande jogada, Guilherme Arana bateu bem com a perna direita, mas Felipe fez plástica defesa. Enquanto o Galo pressionava com os dez jogadores no campo de ataque, o time de Tombos saía bem no contra-ataque, com seus pontas velozes e a classe de Ibson nos passes. No entanto, nenhuma dessas subidas levou perigo ao gol do Atlético.

    Para o segundo tempo, Sampaoli fez duas mexidas interessantes, mudando um pouco a forma de jogar do time, ao sacar Marrony para a entrada de Alan Franco, além de colocar Marquinhos no lugar de Savarino, passando o time para um 4-3-3. O alvinegro continuou pressionando, até que, em um ataque fortuito do Tombense, Junior Alonso cometeu pênalti bobo em Rubens, confirmado pelo árbitro com o auxílio do VAR. Na cobrança, Rubens foi perfeito, acertando a bochecha da rede do goleiro Rafael.

    O time de Tombos teve pouquíssimo tempo para comemorar, pois dois minutos após o gol, Junior Alonso chutou de fora, o goleiro Felipe soltou e Eduardo Sasha fez no rebote, premiando seu posicionamento de centro-avante, levando o goleiro do Tombense do céu ao inferno em minutos. O Atlético continuou com seu jogo ofensivo, criando chances, mas esbarrando ora no goleiro Felipe, ora nos erros de seu próprio ataque. Nesse particular, Keno foi o principal exemplo, não fazendo tão boa partida, errando muito nas decisões.

    O Galo pressionava, pressionava, mas cedia espaços, principalmente nas costas do lateral direito Guga. Foi por esse lado que o Tombense teve sua melhor chance: em lance de bola parada cruzada na área, Rafael fez defesa dupla, primeiro em cabeçada do ataque alvirrubro, depois na tentativa de corte da defesa atleticana, salvando o que seria o segundo gol do time de Tombos.

    Foi o último lance ofensivo do time de Eugênio Souza, que a partir dos 40 minutos passou a se defender, principalmente com a entrada de um terceiro zagueiro. O Galo permaneceu pressionando até que, aos 52 minutos e meio, quando o tempo de acréscimos já havia passado, Keno recebeu na direita da área e bateu cruzado. A bola desviou no zagueiro Matheus Lopes e morreu dentro do gol, garantindo a vitória do Atlético no último lance.

    Apesar da derrota, foi um jogo muito franco do Tombense, que mostrou ter condições de tentar o título mesmo com um grande adversário do outro lado. Lembrando que vitória simples no domingo dá o título ao time de Tombos. Enquanto isso, apesar das mudanças, foi um bom jogo do Atlético, que só não venceu mais tranquilamente porque o goleiro Felipe esteve em jornada quase perfeita.

Em tempo:

_ Muita eficiência da "Central do Apito", da TV Globo Minas, no lance do pênalti para o Tombense.

 

ATLÉTICO 2x1 TOMBENSE

Campeonato Mineiro 2020 - Final Ida

Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Marco Aurélio Fazekas (MG)

Gols: Rubens 17, Eduardo Sasha 19 e Keno 52 do 2°

Cartão amarelo: Jair, Keno, Rodrigo e Marquinhos

ATLÉTICO: Rafael (6,5); Guga (5,5) (Mariano, 6), Réver (6,5), Junior Alonso (6) e Guilherme Arana (6,5); Jair (6) e Hyoran (5) (Bruno Silva, 5,5); Savarino (5,5) (Marquinhos, 7), Keno (6,5), Marrony (6) (Alan Franco, 5,5) e Eduardo Sasha (7,5) (Allan, sem nota). Técnico: Jorge Sampaoli (6,5).

TOMBENSE: Felipe (6,5); David (6) (Da Silva, sem nota), Admilton (6,5), Matheus Lopes (5,5) e João Paulo (6,5); Rodrigo (5) (Falcão, 6), Serginho (5,5) (Ramon, sem nota), Marquinhos (6) (Gabriel Lima, 6), Cássio Ortega (6) e Ibson (6,5); Rubens (7) (Maycon Douglas, 5,5). Técnico: Eugênio Souza (5,5).

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