NEM FOI PRECISO TANTO ESFORÇO PARA VENCER

     Ontem o Galo recebeu o Botafogo no Mineirão, em dia de luto e homenagens pela morte de Diego Armando Maradona. As homenagens foram mesmo da equipe mineira, que teve o meia Zaracho - que normalmente usa a camisa 15 - utilizando a 10 com o nome de El Pibe nas costas, além de o rosto do ídolo argentino estar presente nos shorts do Galo. Foi nesse cenário de muitos tributos que o Atlético bateu o Botafogo por 2 a 1, mesmo sem precisar fazer tanta força, já que o Fogão tem um time deveras limitado. O resultado assegura o time mineiro na liderança e afunda o Glorioso na zona, podendo ver o Goiás chegar mais perto em caso de vitória hoje.

    A partida começou com um tom acima, pois o Galo veio para o ataque logo de cara e o Fogão respondeu de imediato, mas sem levar perigo. No entanto, rapidamente o Atlético já tomou as rédeas do jogo, passando a dominar a partida. Jogando no campo adversário, o gol do time mineiro veio cedo, aos 16: Keno recebeu pela ponta-esquerda e cruzou muito bem, de perna direita, para Savarino abrir o placar em jogada embolada com Zaracho e Victor Luís. Depois do gol, o Atlético ainda teve total controle da partida, chegando a empilhar escanteios na pressão que se deu depois do 30 minutos.

    Na primeira etapa, faltou ao Botafogo mais presença e criatividade no ataque, sendo que Pedro Raul ficava isolado devido ao esquema com 3 volantes de Emiliano Díaz. Para sanar tal problema, Kalou entrou no intervalo para a saída de Rentería, deixando o time num 4-4-2. Mas nem deu tempo do Fogão colocar em prática a tática para o segundo tempo: aos 5 minutos, Savarino fez ótimo cruzamento da direita para Eduardo Sasha, livre após cochilo de Marcelo Benevenuto, ampliar o placar. Três minutos depois, o próprio zagueiro botafoguense tratou de diminuir, com uma cabeçada fortíssima após escanteio cobrado por Marcinho.

    Parecia que veríamos uma reação do Botafogo em busca do empate, mas isso nunca aconteceu. O Galo continuou melhor, criando chances e levando perigo no ataque, enquanto o Botafogo errava muito, principalmente o marfinense Kalou. Nem mesmo a entrada de Honda melhorou o time, que careceu de qualidade. Aos 31, veio o lance que poderia definir do jogo: no seu habitát natural que é a ponta esquerda, Keno pedalou e foi pra cima de Marcinho dentro da área, e o lateral botafoguense foi juvenil e cometeu o pênalti, apesar da valorizada do ponta alvinegro.

    Se Keno foi bem na jogada, não posso dizer o mesmo da cobrança dele. Aos 34, o camisa 11 do Atlético bateu muito mal, tanto que Diego Cavalieri, notório pegador de pênaltis, até encaixou. O lance poderia dar confiança para o Fogão buscar o empate, mas isso também não aconteceu, pois o time carioca nem conseguiu atacar, já que o Atlético controlou bem o jogo até o final. Com a vitória, o Galo consolida-se na liderança por mais uma rodada, e agora espera seus concorrentes jogarem.

    Quanto ao Botafogo, o jogo de ontem foi o início de uma sequência dificílima para o alvinegro. Nos próximos três jogos, o clube enfrentará Flamengo, São Paulo e Internacional, os atuais segundo, terceiro e quarto colocado do campeonato. Com esse cenário, façamos um prognóstico: logo antes desse primeiro jogo da sequência, a equipe tinha 20 pontos, 5 a menos que o Sport, primeiro time fora da zona. Vejamos quantos o Glorioso terá após os próximos três jogos.

Em tempo:

_ Atlético passa até bem pelos jogos em meio aos casos de Covid: 1 vitória, 1 empate e 1 derrota.


ATLÉTICO 2x1 BOTAFOGO
Campeonato Brasileiro 2020 - 23ª rodada
Data: 25/11/2020, 21h30
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
Gols: Savarino 16 do 1°; Eduardo Sasha 5 e Marcelo Benevenuto 8 do 2°
Cartão amarelo: Savarino, Alonso, Kevin, Marcinho, Kanu e Victor Luís

ATLÉTICO: Rafael (6); Bueno (5,5), Igor Rabello (6) e Junior Alonso (6); Zaracho (5,5) (Thalison, 5,5), Nathan (5,5) (Marrony, 6), Hyoran (6,5) e Calebe (6) (Wesley, 6); Savarino (7,5), Keno (6,5) e Eduardo Sasha (6) (Gustavo Henrique, sem nota). Técnico: Leandro Zago - auxiliar (6).

BOTAFOGO: Diego Cavalieri (7); Kevin (5,5) (Honda, 5,5), Marcelo Benevenuto (5,5), Kanu (6) e Victor Luís (5); Rafael Forster (4,5) (Éber Bessa, 5,5), Rentería (5) (Kalou, 5), Caio Alexandre (6), Marcinho (5) e Warley (5) (Rhuan, 5,5); Pedro Raul (5) (Matheus Nascimento, 5). Técnico: Emiliano Diaz - auxiliar (5).

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