BARCELONA (NOVAMENTE) DE JOELHOS

    Desde que venceu a Champions em 2015, o Barcelona tem acumulado fracassos na maior competição de clubes da Europa. Do vergonhoso 8 a 2 sofrido contra o Bayern na última temporada às remontadas de Liverpool e Roma, o time catalão vem mal, com um futebol pouco vistoso se comparado com o poderio do time há algumas temporadas. E hoje tivemos mais um capítulo nessa história, com a goleada de 4 a 1 do PSG sobre o Barcelona no Camp Nou, um massacre que praticamente alijou o time espanhol da disputa.

    O grande nome da vitória do time francês foi Kylian Mbappé, que "chamou a responsa" e marcou três gols, assumindo o protagonismo de um time que estava sem seu maior craque, o brasileiro Neymar. Outros que se destacaram foram Marquinhos, Verratti e Paredes, que jogaram bem, sendo fundamentais na vitória de hoje. Pelo lado do Barça, Ter Stegen foi o melhor nome, autor de boas defesas que impediram um vexame maior do time catalão, enquanto Messi até tentou, mas não teve uma boa parceria para a criação de grandes jogadas.

    O primeiro tempo teve 15 minutos iniciais de um futebol ruim, sem inspiração de ambos os lados, mas com o Barcelona ligeiramente melhor, conseguindo conectar mais jogadas. Entretanto, o PSG rapidamente deu uma melhorada, reequilibrando as ações. Só que, aos 27, De Jong sofreu um pênalti sutil, que Messi cobrou bem para abrir o placar. O 1 a 0 era o melhor dos mundos para o Barça, que poderia controlar mais o jogo e manter a vantagem no placar.

    Só que a vantagem durou pouco. Cinco minutos depois, Mbappé apareceu para empatar, numa jogada coletiva interessante: Marquinhos fez bela invertida para Kurzawa na esquerda, que tocou de primeira para Verratti, que com um toquinho perfeito, passou a Mbappé, que driblou Lenglet com facilidade e decretou o empate. O 1 a 1 era mesmo o resultado merecido para aquele jogão que se desenhava, e foi o placar que ficou até o intervalo.

    No segundo tempo, o Paris voltou a todo vapor, levando ainda mais perigo com o veloz Mbappé, botando Ter Stegen para trabalhar, assim como no primeiro tempo. Foi do francês o segundo gol, aos 20 minutos, aproveitando sobra de cruzamento de Moise Kean para virar o placar. O momento do Barcelona no jogo era tão ruim que ainda levou o terceiro, cinco minutos depois, numa cobrança de falta de Paredes que Kean, sozinho, testou para o gol. A vitória já estava consolidada.

    Com o 3 a 1 no placar, só restou ao Barcelona se mandar, baseado nas mexidas constantes de Koeman. O PSG também mexeu, e uma substituição foi fundamental para o quarto gol: a entrada de Draxler no lugar do grandioso Verratti. Foi com o alemão que a goleada se concretizou, quando ele roubou a bola no campo de defesa e disparou, passando para Mbappé acertar o ângulo de Ter Stegen. Mais uma vergonha do Barcelona na UCL.

    O resultado é quase que irreversível, mas olhando para as últimas temporadas, não duvido de nada que envolva essa competição. Acreditar em remontada do Barça é difícil, não só pelo placar, mas pelo conjunto do time, que é notadamente desequilibrado, com jogadores em decadência técnica, casos de Busquets e Alba, e uma defesa que não passa confiança. Para o torcedor catalão, só resta acreditar num milagre de Messi no Parc des Princes.

Em tempo:

_ Dembélé e Griezmann foram para o Barcelona e esqueceram seu futebol. Uma péssima partida de ambos, principalmente do francês.

_ No outro jogo da tarde, o Liverpool foi até Budapeste e bateu o RB Leipzig por 2 a 0, gols de Salah e Mané.


BARCELONA 1x4 PARIS SAINT-GERMAIN
UEFA Champions League 2020/2021 - Oitavas de final, ida
Data: 16/02/2021 - 17h
Local: Camp Nou, Barcelona (ESP)
Árbitro: Björn Cuypers (HOL)
Gols: Messi 27 e Mbappé 32 do 1º; Mbappé 20 e 40, Kean 25 do 2º
Cartão amarelo: Guéyé

BARCELONA: Ter Stegen (7); Dest (4,5) (Mingueza, 5), Piqué (4,5) (Riqui Puig, 5,5), Lenglet (4) e Jordi Alba (5); Busquets (4,5) (Pjanic, 5,5), De Jong (5) e Pedri (5,5) (Trincão, 5,5); Dembélé (5), Griezmann (5,5) (Braithwaite, sem nota) e Messi (6). Técnico: Ronald Koeman (4,5).

PARIS: Navas (6); Florenzi (6,5) (Kehrer, sem nota), Marquinhos (7), Kimpembe (6) e Kurzawa (6,5); Paredes (7), Verratti (6,5) (Draxler, 7) e Guéyé (5,5) (Ander Herrera, 6); Kean (6,5) (Danilo Pereira, sem nota), Mbappé (8) e Icardi (5,5). Técnico: Mauricio Pochettino (7).

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