A MAIOR SÉRIE B DO SÉCULO

    Neste exato momento, Brasil de Pelotas e Londrina estão abrindo mais uma edição da Série B. Com seu consagrado regulamento de 20 times jogando turno e returno contra todos, a competição desse ano será a mais importante do século, já que grandes clubes, como Cruzeiro, Botafogo e Vasco estarão participando, além de outros já carimbados, como Avaí, Vitória, Náutico, Guarani e Ponte Preta. A expectativa é de disputa acirrada pelo acesso. Pensando nisso, o retrancados faz uma pequena prévia do campeonato, buscando apontar quem briga pelo quê, quem conseguirá ir para a Série A e quem amargará o rebaixamento. Nossos palpites estão a seguir, baseados no mais puro e simplório achismo:

Avaí: campeão catarinense, o Avaí até brigou pelo acesso em certo período da temporada passada, mas acabou mesmo num mediano nono lugar. Neste ano, penso que a saga de ioiô da equipe da Ressacada voltará, e o time brigará pelo acesso;

Botafogo: dono de uma péssima campanha na Série A de 2020, o Botafogo está de volta à Segundona seis anos após o bom trabalho em 2015. Ainda sem conseguir se afirmar, dado o franco insucesso no Estadual, em que o time nem avançou às semifinais, Marcelo Chamusca tem uma bomba em mãos. Por isso tudo, vejo o Fogão num lamentável meio de tabela;

Brasil de Pelotas: o duradouro namoro do Brasil com a Série B deve acabar ao fim desta temporada. Depois de alguns anos passando sufoco, o Xavante montou um time ruim para 2021, nono colocado no Gauchão. É aquele tipo de time que é apontado por 9 entre cada 10 analistas como candidato ao rebaixamento;

Brusque: a equipe catarinense tem uma boa estrutura para seus atletas, mas o elenco de 2021 é fraco para o nível da competição. No estadual, a campanha de semifinais convenceu, mas apenas até certo ponto. Assim, vejo a equipe lutando por uma honrosa 14º colocação;

Confiança: o Confiança é um time legal, simpático e representa o estado de Sergipe como ninguém, mas acredito que a aventura do clube na Série B terminará esse ano, pelo menos por enquanto. Com Rodrigo santa contratado há pouquíssimo tempo, não vejo o Confiança fazendo um trabalho que consiga a manutenção na Segundona;

Coritiba: não avançar de fase entre OITO equipes que disputam o Campeonato Paranaense é uma credencial e tanto do que o Coxa pode demonstrar em termos de negatividade nessa Série B. Entretanto, pelo elenco formado de jogadores experientes e um técnico mantido no cargo, penso que o Coritiba se mantém, mas não briga por acesso;

CRB: derrotado na estadual pelo rival CSA, o Galo de Campina perdeu alguns atletas em relação ao seguro time do ano passado, o que significa um decréscimo de qualidade. Sem os gols de Léo Gamalho para salvar a equipe, resta ao time brigar na segunda metade da tabela, ali pela 12ª posição;

Cruzeiro: ao contrário do ano passado, o Cruzeiro demonstra a ideia de um time, alguma organização política, embora os muitos problemas financeiros ainda atrapalhem, e não deve pontos. Apesar disso, o elenco tem poucas peças confiáveis, e jogadores que ainda não justificaram a sua contratação, como Felipe Augusto, por exemplo. Briga entre a sexta e a oitava posições;

CSA: não é segredo para ninguém que o CSA é o melhor time do estado há alguns anos. Em 2020, o time quase voltou para a Elite, mas acabou superado no detalhe. Para esse ano, a expectativa ainda é positiva, ainda mais pelo título estadual conquistado recentemente. Desta forma, o time azul de Alagoas briga pelo acesso;

Goiás: mais uma vez bagunçado, o Goiás nem chegou à final do Campeonato Goiano, eliminado pelo Atlético Goianiense nas quartas de finais. Entretanto, peças vieram, como Alef Manga, destaque do Voltaço no Cariocão. Acredito em sofrimento do esmeraldino, mas permanência no meio da tabela;

Guarani: o Bugre perdeu metade de seus jogos no Paulistão, o que não é uma boa credencial, além de ter sido eliminado pelo Mirassol nas quartas de final. Alguns bons jogadores do elenco anterior já saíram, como Lucas Crispim e Murilo Rangel. Termina de 10º para baixo;

Londrina: de volta após um bate-volta rápido na Série C, o Londrina é uma equipe preparada para permanecer, na minha opinião. Precisa parar de empatar tanto, já que foram 7 resultados do tipo na primeira fase do Paranaense, em onze partidas;

Náutico: o Timbu vem forte para a Série B, com o título pernambucano nas costas e um elenco com jogadores cascudos para a Série B. É candidato ao acesso, o que seria ótimo depois da crise em anos anteriores;

Operário: desde que subiu, o Operário tem se demonstrado um time com foco e vontade de crescer mais, só bastando mais "casca" para conseguir o acesso. Esse ano pode ser a chance disso, ainda mais pela permanência do artilheiro Ricardo Bueno;

Ponte Preta: a Macaca viveu situação análoga a do Avaí na temporada passada, ficando no meio de tabela. Neste ano, caiu no Estadual e ainda perdeu o Troféu do Interior para o Novorizontino na final, decorrendo na perda do técnico. Por essa aula de planejamento, vejo a Ponte amargando mais um ano na Série B.

Remo: de volta após longo tempo para a Série B, o Remo não conseguiu se classificar para a final do paraense, já que foi eliminado pela Tuna Luso. Apesar disso, o sonho de permanecer para montar um time melhor para o ano que vem deve se realizar;

Sampaio Corrêa: ano passado o Sampaio surpreendeu, mas decaiu no segundo turno. Para esse ano, a expectativa não é de repetir a boa campanha, mas de lutar bastante pela permanência.

Vasco: o Vasco é, indiscutivelmente, o melhor time dessa Série B, com um bom elenco para o nível da competição. Só a permanência de Cano já ilustra isso. Além disso, Marcelo Cabo vem dando uma cara ao time, o que já é meio caminho andado para o sucesso em conquistar o objetivo. Assim, penso que o Vasco conseguirá sim o acesso, e brigará pelo título;

Vila Nova: nos últimos tempos, o Vila tem se notabilizado por ser aquele time que sobe e desce de divisão com muita facilidade. De volta à Série B, o time goiano poderia iniciar 2021 com tudo, mas perdeu o Campeonato Goiano para o Grêmio Anápolis. Dessa forma, não briga por nada;

Vitória: com uma campanha horrível, o Vitória quase caiu ano passado, salvo mais pela ruindade dos adversários do que por méritos próprios. Neste ano de 2021, o rubro-negro foi eliminado precocemente no estadual, ficando mais uma vez sem o título. E sem Léo Ceará no comando de ataque, penso que a chance de rebaixamento é séria.

Em tempo:

_ Cravando aqui para não acharem que estou em cima do muro: Avaí, Vasco, Náutico e CSA sobem. Lá embaixo, caem Brasil, Sampaio, Brusque e Vitória.