UMA GRANDE VENDA E UMA MÁ NOTÍCIA

    Parece que não há mais jeito. Com uma proposta milionária do Olympique de Marseille, time do técnico Jorge Sampaoli, o Flamengo deverá mesmo vender Gerson, um dos grandes jogadores do rubro-negro nos últimos anos e mais um do mítico time de 2019 a deixar o clube. A oferta, irrecusável por sinal, é de 25 milhões de euros, podendo chegar a 30 milhões com as bonificações, o que corresponde a mais de 192 milhões de reais. Uma grana e tanto por um grande jogador.

    Eu venderia sem pensar duas vezes, e pelos seguintes motivos: primeiro que nenhum jogador é insubstituível, apesar de Gerson ser um jogador de técnica e qualidade refinada e muito importante para o time. Outro fator que pesa é que, por ter 23 anos, idade alta para os padrões europeus, e já ter tido uma passagem sem tanto sucesso na Europa, uma outra proposta desse calibre não deve chegar, a não ser que o Coringa faça chover nas Olimpíadas. Mas por contar com o certo e não com o duvidoso, entendo que seria bom negociar.

    A parte ruim é a reposição. Chegará uma grana violenta nos cofres do clube, mas buscar outro meio-campo com características parecidas, e para jogar no time titular, será difícil, ainda mais com a janela para contratações europeias fechando por aqui. Um dos nomes ventilados pela imprensa, e que conta com o apoio de certos torcedores, é o de Cuéllar, volante que saiu daqui em 2019 para jogar no Al-Hilal. Pela sua saída conturbada da equipe, pela sua qualidade técnica e por ter outro estilo de jogo completamente diferente, seria uma péssima ideia. O colombiano está mais para um brucutu do que para um meia que chegue ao ataque vindo de trás. Cabe agora à diretoria trabalhar para encontrar esse substituto.

O Mengão Malvadão está de volta

    A diretoria de Rodolfo Landim a cada dia se esforça mais para passar vergonha. Como se não bastasse a lamentável aproximação com a figura condenável do presidente da República no ano passado, além de pressionar pela volta do futebol o mais rápido possível, a diretoria tenta a todo custo conseguir que a finalíssima do Cariocão tenha público. Em conluio com a FERJ, federação vergonhosa do futebol do Rio de Janeiro, o time tenta fazer o possível e o impossível para que a final não seja de portões fechados, contando com 20 mil presentes.

    Isso acontece por mais um erro de planejamento e gestão da atual administração do Flamengo. Ao fechar o orçamento para essa temporada, a diretoria estipulou, com sua sabedoria imensa, que até abril o público estaria de volta aos estádios. Assim, jogar sem torcida representaria perda de receita para o time. No caso da final do Carioca, pelo menos o Fluminense não aceita de jeito nenhum jogar com público, nem que para isso tenha que boicotar a partida, não entrando em campo. Ainda vem muita polêmica por aí, mas é muito ruim saber que seu time está do lado errado da história.

Em tempo:

_ Por sofrer um surto severo de Covid em seu elenco, o River Plate entrará em campo amanhã contra o Santa Fe com apenas dez jogadores, sendo que nenhum deles é goleiro. Isso porque o time inscreveu apenas 32 jogadores na competição, apesar da CONMEBOL ter liberado até 50 jogadores inscritos. É um erro e tanto de planejamento, lamentável por sinal.