HULK ROMPEDOR, GALO VENCEDOR

    O domingo foi um dia ameno em Belo Horizonte, capital das Minas Gerais. Com um friozinho gelado durante todo o dia e clima parado, o domingo foi de desânimo, bom pra se tirar uma soneca. E dadas as condições, com um Atlético contra São Paulo na TV, expectativa de jogaço, o melhor era largar as cobertas e sentar no sofá para ver o jogo. Mas dado o futebol que as duas equipes apresentaram, dormir ou se proteger do frio era a melhor pedida.

    E o resultado de 1 a 0 premiou o time menos travado em campo nessa tarde no Mineirão. Com um time mais equilibrado e bem postado em campo, o Galo fez um primeiro tempo superior ao São Paulo, criando mais chances de perigo e finalizando com mais precisão ao gol do adversário. O primeiro bom lance do jogo foi do Atlético, em que Hulk saiu rompendo pelo lado esquerdo e passou a Keno, que bateu para defesa de Tiago Volpi. Foi quase um ensaio para o que Hulk faria sete minutos depois, aos 17.

    De novo carregando a bola, agora desde antes do meio-campo, o forte atacante saiu rompendo contra alguns de seus adversários, até chegar perto da área e rolar para Hyoran, que fez belo cruzamento rasteiro, encontrando Jair, sozinho dentro da área, para marcar o gol do jogo. Baseando-se na força física de Hulk, o Galo já chegava ao seu objetivo em pouco tempo de partida. O São Paulo, que já vinha mal, ficou ainda pior depois da perda de Miranda, machucado, aos 40 minutos. Naquele primeiro tempo, apenas um corte errado de Réver defendido por Éverson representou algum perigo para o time atleticano.

    Durante o segundo tempo, o jogo foi ainda mais sonolento. Contra um time que se defendia com as linhas bem baixas para defender o placar, o São Paulo pouco conseguiu incomodar, mesmo abdicando dos três zagueiros e se montando numa espécie de 4-4-2. A bola pouco chegava à dupla de ataque, Pablo estava perdido entre os zagueiros e Luciano sem espaço para concluir. O resultado era uma posse de bola infértil do Tricolor, que não conseguia ser realmente perigoso em campo.

    Nem quando optou por fazer outro tipo de jogo, o São Paulo teve sucesso: com quinze minutos da segunda etapa, Crespo sacou Pablo e Gabriel Sara e colocou Galeano e Rojas, apostando na velocidade dos pontas para criar algum perigo. Mas como o Galo se defendia muito bem e os jogadores que entraram não tinham a característica de abrir uma defesa fechada, o São Paulo penou, e não conseguiu atacar bem. A situação do segundo tempo se resume nos números: não houve sequer um chute a gol nos 45 minutos finais, muito pouco para duas equipes tão qualificadas.

    O resultado foi mais favorável que a atuação pelo lado do Atlético, já que significou a recuperação com duas vitórias em três jogos, e seis pontos conquistados. Já o São Paulo, com jogadores importantes lesionados, casos de Daniel Alves, Benítez, Luan e agora Miranda, vive um mau momento, não marcando um gol sequer no campeonato. Isso precisa mudar rapidamente, para o Tricolor não ver seus rivais mais próximos disparando na classificação.

Em tempo:

_ Acho que errei no guia que escrevi sobre esse Brasileirão: em mais um jogo apagado de Nacho, Hulk foi o protagonista principal da peça atleticana, como já vem sendo hábito.


ATLÉTICO 1x0 SÃO PAULO
Campeonato Brasileiro 2021 - 3ª rodada
Data: 13/06/2021 - 16h
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Gol: Jair 17 do 1º
Cartão amarelo: Bruno Alves

ATLÉTICO: Éverson (6); Guga (6) (Mariano, sem nota), Igor Rabello (7), Réver (7) e Guilherme Arana (5,5); Allan (5,5), Jair (7) (Nathan, sem nota), Nacho Fernández (5), Hyoran (6) (Marrony, 5,5) e Keno (5,5) (Echaporã, 6); Hulk (7). Técnico: Cuca (6,5).

SÃO PAULO: Tiago Volpi (6); Bruno Alves (5), Miranda (5) (Igor Vinícius, 5) e Léo (5,5); Rigoni (6), Liziero (5), Rodrigo Nestor (5) (Éder, 5,5), Gabriel Sara (5,5) (Galeano, 5) e Reinaldo (5,5); Luciano (5) (Igor Gomes, 5,5) e Pablo (4,5) (Rojas, 5). Técnico: Hernán Crespo (5).

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