32 HISTÓRIAS DAS COPAS: CATAR

    Começando nossa série de posts sobre as histórias de cada uma das 32 seleções com a Copa do Mundo, falaremos hoje do país-sede, o Catar:

UM SHEIK NA COPA?

    Dinheiro, deserto, calor, areia, sheiks. Essas são algumas palavras que vêm à cabeça quando se fala do Catar. No entanto, de 2010 pra cá, o nome do país tem pipocado com a escolha da pequena nação árabe para receber a Copa do Mundo desse ano, que será bem diferente em muito sentidos. Primeiro que, pela primeira vez, o Mundial será no fim do ano, pois o calor intenso e as tempestades de areia impediram que o torneio fosse disputado entre junho e julho. Em segundo lugar, será a última Copa com o consagrado formato de 32 equipes reunidas em 8 grupos de 4, já que a próxima, na sede tripla formada por Estados Unidos, Canadá e México, terá 48 participantes. Por fim, pode ser a última Copa de diversos craques, tais como Messi e Cristiano Ronaldo. Por conta desses e de outros motivos, a Copa do Mundo desse ano será bem interessante de se acompanhar.

    Como time, a seleção do Catar nunca participou da Copa do Mundo, sendo a estreante da vez. Com uma história recente no futebol, impulsionada principalmente pelos petrodólares dos sheiks da região, a seleção local é fraca, sem papéis de destaque no futebol mundial, até mesmo no continental, tendo como título mais importante a conquista da Copa da Ásia de 2019 sobre o Japão. Assim, cair na primeira fase é o mais provável para essa deficiente seleção.

    Apesar de seu histórico na Copa do Mundo ser nulo, o futebol local também tem boas histórias para contar, especialmente envolvendo brasileiros. Uma delas foi com o atacante Emerson Sheik, em 2008, que jogava no Al Sadd àquela altura. Convencido pelo príncipe local a representar a seleção do país, Sheik se naturalizou catari, sendo convocado inclusive para três partidas pela seleção local, uma delas para um jogo oficial contra o Iraque, vencido por 2 a 0. Apesar do bom desempenho envergando a camisa 10 da equipe, Emerson nunca mais foi convocado, depois de ser acusado de ter atuado pela Seleção Brasileira sub-20 anos antes. Além disso, o próprio Catar quase foi punido pelo caso, mas foi absolvido por conta da história de Sheik como "gato" aqui no Brasil e de sua troca de nome em relação ao que usava em terras árabes. Imagina se isso não tivesse sido descoberto, será que o Catar teria tido melhor sorte no cenário do futebol mundial?

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