NO TOPO DE NOVO

    A estratégia deu certo: mesmo abrindo mão do Campeonato Brasileiro, o qual nunca chegou a ser o grande do Flamengo para 2022, o clube carioca conseguiu levar as outras duas taças para casa: a Copa do Brasil e a Libertadores. Tais títulos são fruto da organização conquistada pelo clube nos últimos anos, principalmente a partir de 2018, com a readaptação do aspecto financeiro, e a montagem desse elenco, tudo isso sob a batuta de um técnico que veio para calar várias bocas (inclusive a minha) e mostrar do que é capaz. Assim, o Flamengo teve mais uma temporada vitoriosa nos últimos anos e volta de forma merecida ao topo do futebol sul-americano.

    A conquista da Copa do Brasil foi gigante. Eliminando times como Atlético/MG, Athletico/PR e São Paulo, além do Corinthians na final, o rubro-negro carioca soube se agigantar quando precisava, principalmente naquele jogo de volta contra o Galo, e saiu com seu quarto título da competição. Uma taça importante demais para dar continuidade ao período de glórias de 2019 a 2020, mas, no entanto, com uma boa dose de sofrimento, já que a conquista veio somente nos pênaltis a partir do pé de Rodinei, jogador de um bom 2022, mas que ainda era visto com desconfiança pela torcida. Parabéns para todo o grupo pelo primeiro título importante do ano.

    Já a final da Libertadores foi diferente. Jogada dez dias após o tetra no Maracanã, a final começou com o Athletico Paranaense gerando dificuldades ao Flamengo, mas graças a uma expulsão de Pedro Henrique no fim do primeiro tempo, o rubro-negro carioca ficou em cima e buscou o gol da vitória ainda na primeira etapa, com Gabigol escorando para as redes um passe de pé direito de Éverton Ribeiro. No segundo tempo, o time só cozinhou o jogo e levou para casa a taça mais importante da América pela terceira vez, se juntando ao seleto grupo de brasileiros com três taças da competição, casos de São Paulo, Santos, Grêmio e Palmeiras. São os frutos sendo colhidos de um belíssimo trabalho a longo prazo que vem sendo feito, iniciado pelo enxugamento das dívidas, contenção de gastos e a instituição de um planejamento eficaz. Tudo isso, mesmo com alguns percalços pelo caminho, como um certo Paulo Sousa no início do ano, colaborou para mais duas grandes taças no armário do nosso Mais Querido. Que venha o Mundial e que venha 2023!

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